Você deu pra ele? Não acredito que você
pegou aquele pedaço. Que nada, só demos uns beijinhos. Você é tonta mesmo,
magina! Oportunidade única! Você estava com ele, devia deixar rolar. Rolar o
que? Acha que é assim, bagunçado? Não! Não caio nessa não! Comigo é tudo no
Preto e no branco. Não disse pra você Fabiana, que ela é vascilona. Caracas
Monica era só deixar ele estigado. Estigado? Vocês são Piranhas mesmo. Dão pra
qualquer um. Eu não. Só faço com amor. Ah! Vai se fuder... Que papo é este?
Pensa que não sei o teu passado? Hum! Sou outra. Outra o cacete. Escuta ai minas,
ela tá dizendo que mudou. Mudei. Só se for de casa... Mina idiota, pensa que
nós esquecemos o passado. Não importa o que vocês pensam… O diálogo entre as
meninas ainda continuou, mas tive que virar a roleta do ônibus, pois o ponto
estava chegando.
Não tinha o que fazer. Resolveu correr. Depois de um tempo, não tinha pra onde olhar, viu o mar. Voltou para casa. Não tinha o que vestir. Resolveu ficar em casa. Não tinha quem o escutasse. Ligou o rádio. Depois de um tempo, saiu. Voltou à tarde quando sua esposa já tinha chegado. Beijou, jantou e ligou o chuveiro. Sem se molhar, se olhou no espelho. Mãos, pés, calças, joelho, cueca, braços, camisa, perna... Jogados no chão. O vapor da água quente lembrava uma neblina, sem ver, se levantou, resolveu colocar a cabeça debaixo do chuveiro... Escorregou. Caiu com o queixo no piso molhado. Barulho! A esposa bate na porta. Ta tudo bem? Sem responder se levantou. Deixou a água bater em seu rosto. Abriu a boca e engoliu a água quente, como se fosse à cura. Ta tudo bem aí? Sentou no piso. A água agora batia em suas costas. Lembrou de onde vinha... De quanto a sua roupa estava suja. Pecado! Doía sua mente. Culpa. Ta tudo bem aí? Pegou a sabonete como se fosse um ritual. Esfregou o sabão no
Comentários
Postar um comentário