Entrou na farmácia discretamente sobre os olhares cônicos das mulheres que estavam na fila do balcão. Todos o estranharam quando adentrou em um espaço destinado exclusivamente às mulheres. Foi quando uma senhora o esbarrou para atravessar a fila para chegar a uma outra prateleira cheia de cosmésticos manipulados. Continuou em seu lugar até que todas alí, acostumaram com sua presença. Na sua vez, pediu os medicamentos para sua esposa que o aguardava em casa em uma tarde fria de um domingo qualquer. Aquela rotina era norma. Estava acostumado. Antes de entrar no carro viu a lanchonete Jamor aberta e lembrou que sua esposa não tinha preparado o almoço e resolver adentrar o boteco para comprar dois PFs. O local era pobre para um bairro tão tipicamente burguês, e se sentiu a vontade a estes espaços proletários. Estava acostumado. O balconista logo o abordou: "Pois não! Posso ajudar? Reparou que no balcão havia pilhas e pilhas de moedas sendo contadas pelo balconista, send
Contos, poesias, microcontos e outras histórias... Por Sérgios Pires