Meu pai tinha um galo. O penoso tinha aproximadamente uns sete anos, era bem pequeno da raça “ganinzé” e vivia ciscando pelo quintal de cerâmica e partes em cimento. Era muito bravo com quem passava pelo quintal, chegava até a botar o cachorro para correr. O danado não gostava de mim e nem eu dele, achava ridículo um galo no quintal, mas o fato é que me acostumei com o bichinho. Mesmo assim, não dava importância. O penoso era pontual, às 5h da manhã já estava cantando, nos acordando e também os vizinhos. Alguns reclamavam. Não importava. Recentemente seu relógio estava meio atrasado, às vezes adiantado... Coisas da idade do ganinzé. O bichinho tinha uma espécie de galinheiro-puleiro, onde tinha uma porta que ficava sempre aberta, sendo assim, podia entrar e sair a vontade. O danado era livre no quintal. Impondo suas penas vermelhas e amarelas numa demonstração de poder e vaidade, suas esporas faziam com que me afastasse imediatamente do danado. Recentemente um rato começou a
Contos, poesias, microcontos e outras histórias... Por Sérgios Pires